Quase dois anos após o primeiro gato clonado, cientistas chineses conseguiram realizar o feito novamente. O filhote Ping An, cujo nome significa “segurança”, nasceu em dezembro de 2020, na Qingdao Agricultural University, na província de Shandong.
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O gatinho foi clonado de um gato doméstico sem raça definida e pesava menos de 1 kg com pelo branco, olhos acizentados, cabelo comprido e rosto achatado.
Os pesquisadores foram capazes de determinar imediatamente que a clonagem foi bem-sucedida por causa da aparência distinta do gato. Um gato com características mais genéricas exigiria mais testes sem o significante visual.
Embora Ping An pareça idêntico ao gato do qual foi clonado, a personalidade de Ping provavelmente será diferente, uma vez que esse componente é moldado pelo ambiente e não apenas pela genética.
Zhao Minghui é o professor associado da Qingdao Agricultural University que liderou a pesquisa. Depois de testemunhar a dor de cabeça das pessoas por perderem animais de estimação, ele queria encontrar uma solução.
“Naquela época, pensei que se pudesse usar a tecnologia do clone para trazer seus cães de volta à vida, seria um trabalho significativo”, disse ele à Associated Press.
O professor clonou anteriormente um cão policial em um projeto de pesquisa diferente na Coreia do Sul em 2016. Mais tarde, ele iniciou o projeto para criar o Ping An em junho de 2020. Os pesquisadores usaram uma amostra de pele do gato de estimação do tamanho de uma unha para iniciar o processo.
“Algumas das células foram posteriormente injetadas em ovócitos de gatos, células de um ovário, que tiveram seu material genético removido, criando dísticos, que significam embriões em clonagem”, relatou. “Os dísticos eram então colocados no corpo de gatas que serviam como mães de aluguel.”
Três das sete mães de aluguel ficaram grávidas. Ping An é a primeira a nascer, enquanto as outras duas devem dar à luz no final de fevereiro de 2021. Zhao espera que a tecnologia seja usada para estudar patógenos, doenças e ajudar outras espécies de felinos ameaçados de extinção.
“Podemos usar esse sistema para realizar a edição de genes e produzir gatos e células editadas por genes para estudar a patogênese de algumas doenças de gatos ou desenvolver medicamentos”, disse Zhao.